A sedução do poder: psicopatia e adulação
A sedução do poder: psicopatia e adulação

A interseção entre psicopatia e poder revela uma dinâmica complexa de sedução, manipulação e a busca incessante por adulação. No cerne desta dinâmica estão os traços de caráter psicopata, que, quando combinados com uma sede de poder, podem ter um impacto profundo tanto nos indivíduos quanto nas estruturas sociais. Este texto explora como os traços de caráter psicopata se manifestam no desejo de poder, a função da adulação nesta equação e as implicações para a liderança e a governança.

A natureza da psicopatia no âmbito do poder

Indivíduos com traços de caráter psicopata são frequentemente atraídos pelo poder, não apenas como um meio de alcançar seus objetivos, mas como um palco para exercer controle e influência sobre os outros. A falta de empatia, o egocentrismo e a manipulação calculista são ferramentas que eles usam para ascender e se manter em posições de autoridade. A psicopatia, neste contexto, não é apenas uma característica pessoal, mas uma estratégia para ganhar e exercer poder.

O papel da adulação na ascensão ao poder

A sedução do poder: psicopatia e adulação
 

A adulação desempenha um papel crucial na ascensão dos psicopatas ao poder. Eles são mestres na arte de seduzir e encantar, usando o carisma superficial para atrair seguidores e aliados. No entanto, essa busca por adulação não é motivada por um desejo de afeto genuíno, mas como uma forma de validação do próprio ego e como uma ferramenta para manipular aqueles ao seu redor. A adulação, portanto, torna-se tanto um meio quanto um fim na busca psicopática pelo poder.

Traços de caráter rígido e a inflexibilidade no poder

Além dos traços de caráter psicopata, a rigidez também desempenha um papel significativo na dinâmica do poder. O traço de caráter rígido, caracterizado por uma intransigência e uma aderência inflexível a certas crenças ou estratégias, pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, pode conferir uma aura de determinação e força; por outro, pode levar a uma incapacidade de adaptar-se a novas informações ou circunstâncias, limitando assim a eficácia da liderança.

Consequências da psicopatia e da rigidêz no poder

A combinação de traços de caráter psicopata e rigidez em posições de poder pode ter consequências devastadoras para as instituições e a sociedade. A governança é frequentemente marcada por decisões arbitrárias, abuso de autoridade e uma falta de consideração pelas consequências de longo prazo das ações. Além disso, a necessidade constante de adulação pode criar uma cultura de simulação e medo, onde a dissidência é silenciada e a verdade é constantemente distorcida.

Desafios na identificação e contenção da psicopatia no poder

Identificar e conter a influência de indivíduos psicopatas em posições de poder representa um desafio significativo. Os mesmos traços que os tornam perigosos — sua habilidade de manipulação, charme superficial e apetite por adulação — são frequentemente os que facilitam sua ascensão ao poder. Isso exige uma vigilância constante, bem como sistemas de checks and balances robustos para prevenir abusos de poder e garantir a responsabilidade.

Conclusão: navegando a complexidade do poder e da psicopatia

A relação entre psicopatia, adulação e poder desdobra-se como um intricado tapeçaria, destacando a multifacetada complexidade da natureza humana e a inerente vulnerabilidade das estruturas de poder que governam nossas sociedades.

Esta interação não apenas serve como um lembrete pungente da facilidade com que o poder pode ser corrompido e desviado para fins nefastos, mas também sublinha a importância crítica de um entendimento profundo dessas dinâmicas.

Tal compreensão é indispensável não somente para a promoção de lideranças saudáveis, éticas e compassivas, que verdadeiramente servem ao bem-estar coletivo, mas também para a construção e manutenção de sistemas de governança robustos, transparentes e responsáveis.

Esses sistemas devem ser meticulosamente projetados para resistir não apenas à corrosão causada pela corrupção e pelo abuso de poder, mas também para fomentar um ambiente onde a adulação cega e a submissão inquestionável são substituídas por diálogo crítico, responsabilidade mútua e uma valoração da verdade sobre a gratificação egoísta.

Neste contexto, a conscientização e a educação sobre os perigos representados pela psicopatia no poder, juntamente com a implementação de salvaguardas eficazes, tornam-se essenciais para assegurar a integridade e a eficácia das nossas instituições, promovendo assim uma sociedade mais justa, equitativa e sustentável.

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Crimes contra a vida têm queda de 17% no Rio de Janeiro

 

Os crimes contra a vida no estado do Rio de Janeiro registraram queda de 17%, entre janeiro e abril de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram registradas 1.025 vítimas, o menor valor para o período desde 1991. Os dados foram divulgados hoje (19) pelo Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP). Em abril, segundo a pesquisa, ocorreram 265 casos de homicídio doloso, representando menos 13% em relação ao mesmo mês de 2021.ebcebc

Ainda nos primeiros quatro meses do ano, a letalidade violenta, que inclui homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do estado, registrou 1.455 vítimas, o que significa menos 23% na comparação com o mesmo período do ano passado. Esse é o menor valor para os quatro meses desde 1991, como também para o mês de abril, quando ocorreram 356 casos.

Os roubos seguidos de morte, que são os latrocínios, saíram de 39 casos em 2021 para 16 vítimas neste ano. As mortes por intervenção de agente do estado diminuíram 32% no período, com o registro de 405 mortes no primeiro quadrimestre de 2022. Em abril foram 87 mortes representando queda de 39% em relação ao mês.

Outro indicador que teve redução foi o de roubos de rua, que são roubos a transeunte, em coletivo e de aparelho celular. No primeiro quadrimestre caíram 21%. Ao todo foram 19.348 casos, enquanto no mesmo período de 2021 somaram 24.414. Conforme o ISP, esse é o menor índice para o período desde 2005. Em abril foram 4.849, uma redução de 10% em relação ao mesmo mês em 2021.

Os crimes contra o patrimônio, como os roubos de veículos e os roubos de carga também recuaram no primeiro quadrimestre do ano. Os de veículos somaram 7.741 casos entre janeiro e abril, uma queda de 14%. De acordo com o instituto, o menor valor para o acumulado desde 2012. Somente em abril foram 1.965, redução de 7% em relação ao mês.

Houve recuo ainda no indicador de roubo de carga. Entre janeiro e abril foram 1.379 casos. Em abril somaram 325roubos. Os menores valores para o mês e para o acumulado desde 2013. Em relação ao primeiro quadrimestre de 2021, a queda é 8% e de 18% referente ao mês de abril.

Para o governador do Rio, Cláudio Castro, a continuidade na queda dos números de homicídios e da letalidade violenta é importante também manter a redução nos delitos contra o patrimônio. “Sabemos que os crimes contra o patrimônio causam uma sensação de insegurança na população, por isso a redução dos roubos é tão importante. Investimos e vamos continuar investindo nas nossas polícias, para diminuirmos esses números cada vez mais”.

No entendimento da diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, os investimentos do estado em segurança pública permitem a queda nos indicadores de criminalidade no estado do Rio. “As constantes reduções expressivas nos índices do estado, que estão acontecendo nos últimos meses, são resultados do investimento na segurança pública e nos servidores das forças de segurança”.

Os dados divulgados pelo ISP são referentes aos registros de ocorrência lavrados nas delegacias de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro no mês de abril.

Fonte: Agência Brasil

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Garimpo ameaça indígenas isolados em área Yanomami

Um grupo de indígenas isolados, dentro do Território Yanomami, em Roraima, está a apenas 15 quilômetros de um ponto de garimpo ilegal. Imagens captadas durante um sobrevoo, nesta sexta-feira (10), comprovam a existência da comunidade e registram, inclusive, malocas e plantações de alimentos no entorno.Garimpo ameaca indigenas isolados em area Yanomami

O monitoramento faz parte de uma ação coordenada que envolveu os ministérios dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Força Nacional e Polícia Federal.

De acordo com a Funai, tratam-se de indígenas do povo Moxihatëtëa. Eles ainda não foram contatados, mas são monitorados pela fundação desde 2010. Os povos isolados são comunidades que, por decisão própria ou por determinadas circunstâncias, vivem em isolamento total ou sem contato significativo com a sociedade em geral.

Pelo menos desde 2017, o Ministério Público Federal (MPF) vem alertando sobre a ameaça de genocídio dos povos yanomami isolados Moxihatëtëa. Em 2021, dois indígenas da comunidade foram mortos a tiros por garimpeiros.

Surucucu (RR), 11/02/2023 - MALOCA: ação coordenada do governo federal no território Yanomami encontra comunidade de povo indígena isolado (Moxihatëtë). Eles vivem a apenas 15 km de um ponto de garimpo.

Ação coordenada do governo federal no território Yanomami encontra comunidade de povo indígena isolado (Moxihatëtë), sem nenhum contato com a sociedade. Eles vivem a apenas 15 km de um ponto de garimpo. – LEO OTERO/MPI

Além dos Moxihatëtëa, a Funai estima que há pelo menos outras três comunidades de indígenas isolados no território Yanomami, mas ainda não há comprovação oficial. O temor dos especialistas é que o contato forçado dessas comunidades isoladas com não indígenas provoque a dizimação desses povos, seja por conflitos diretos ou propagação de doenças. 

Afetados pela presença do garimpo ilegal em suas terras há anos, os indígenas yanomami têm sofrido com casos de desnutrição, doenças como malária e pneumonia, além de violência, incluindo episódios de agressões e assassinatos. A situação se agravou nos últimos quatro anos.

A repercussão internacional das imagens de crianças e adultos desnutridos e de unidades de saúde lotadas de pessoas com malária e outras doenças mobilizou o governo federal a implementar medidas emergenciais para socorrer os yanomami. As ações incluem a elaboração de relatórios de diagnóstico, envio de equipes médicas, de insumos e alimentos, bem como a repressão direta aos garimpeiros e seus financiadores.

Fonte: Agência Brasil

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Novo genocídio yanomami deve ter punição, diz procurador de Haximu

Há 30 anos, 12 índios yanomami foram assassinados por garimpeiros na aldeia de Haximu, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. Cinco dos responsáveis pelo massacre foram denunciados e condenados por genocídio, naquela que seria a primeira condenação por esse crime no país.Novo genocidio yanomami deve ter punicao diz procurador de

Hoje subprocurador-geral da República e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Luciano Mariz Maia atuou como um dos três procuradores da República responsáveis pela denúncia que resultou na condenação dos garimpeiros.

Para Maia, a situação atual dos yanomami pode ser considerada genocídio. A Polícia Federal (PF), inclusive, já abriu inquérito para apurar o cometimento deste crime na terra indígena.

Surucucu (RR), 10/02/2023 - Equipe da Polícia Federal embarca para investigação de mortes no território Yanomami com apoio do Exército, Funai e Força Nacional, em Surucucu. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Equipe da Polícia Federal embarca para investigação de mortes no território Yanomami com apoio do Exército, Funai e Força Nacional, em Surucucu – Fernando Frazão/Agência Brasil

“Afirmo, sem medo de errar, que a linha de investigação da Polícia Federal de que possa estar em curso atos genocidas é absolutamente consistente, na modalidade de submeter intencionalmente um grupo a condições de subsistência que conduzam à sua extinção total e parcial. Essa é uma das hipóteses prevista tanto na nossa lei do crime de genocídio quanto na convenção das Nações Unidas contra o genocídio”, explica o jurista.

Destruição

Segundo Maia, os milhares de garimpeiros que atuam ilegalmente na terra dos yanomami causam grande destruição ao ambiente, com ações como o lançamento de metais pesados nos rios da região, contaminando suas águas. 

“Isso impede muitas comunidades de ter acesso à água e aos alimentos que vêm dos rios. [Além disso], eles afugentam as caças daquela região e causam atritos diretos [com os yanomami]”. Maia destaca ainda os estupros cometidos por garimpeiros contra jovens yanomami.

Segundo o sub-procurador, no entanto, não basta identificar e punir os responsáveis diretos pelos crimes como também os agentes públicos e políticos que permitiram ou estimularam que a situação chegasse a esse ponto.

“[É preciso punir] não só os garimpeiros que estão lá, como também aqueles que permitem que eles estejam lá, sejam eles do setor privado, como essa cadeia do tráfico do ouro, de fornecimento de suprimentos pro garimpo, essa rede de transporte aéreo, os que fornecem informações por satélite ou por rádio. Mas também agentes públicos e políticos cujo discurso, prática, ação ou omissão permitiram esse estado de destruição”.

O subprocurador afirma que, no governo anterior, havia um estímulo oficial para que os garimpeiros atuassem dentro da terra indígena. Além disso, é preciso investigar a falta de atuação dos agentes do Estado para impedir que esses crimes ocorressem na terra indígena.

“Você tem por um lado uma iniciativa privada estimulada por um discurso oficial e, por outro, o enfraquecimento do Estado brasileiro nessa área onde tinha que se fazer mais presente”.

Fatos concretos

Maia explicou que qualquer investigação precisará partir dos fatos concretos ocorridos nos locais, como as mortes ocorridas em cada comunidade indígena, os rios que foram contaminados e os equipamentos que estão sendo usados pelos garimpeiros, por exemplo.

A partir daí, é possível começar a identificar quem são as pessoas que atuaram na prática do genocídio yanomami. “Uma balsa, por exemplo, não desaparece, ela está lá, tem que ser documentada, registrada. E as pessoas que movem essa balsa? Aí já tem um conjunto material e os perpetradores que têm que ser identificados”, explica. 

Surucucu (RR), 09/02/2023 - Deslocamento de equipes da Força Nacional do SUS para atendimento em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

 Deslocamento de equipes da Força Nacional do SUS para atendimento em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami – Fernando Frazão/Agência Brasil

Em paralelo, é preciso também investigar os órgãos governamentais que atuam ali, como as unidades de saúde ou as entidades de fiscalização, a fim de apurar a responsabilidade dos agentes do Estado.

“Você precisa começar a investigar a unidade de saúde indígena e unidade da Funai locais. O que é que esses atores fizeram? Deparando-se com um problema que era maior do que eles, o que eles fizeram? Comunicaram aos escalões superiores? E os escalões superiores, o que fizeram? Foram subindo no nível hierárquico para comunicar a ocorrência de um dano sério e grave que estava acontecendo contra os índios? Há uma necessidade de ir ampliando e subindo a cadeia de comando, até que você consiga efetivamente responsabilizar as pessoas não só que tenham feito como tenham deixado de fazer quando estavam no dever de fazer”.

Segundo Maia, de acordo com a Constituição, é um dever da União respeitar e proteger os índios. “Quando o Estado brasileiro retira o suporte material e humano de uma unidade proteção a territórios indígenas está deixando de proteger”.

Fonte: Agência Brasil

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Centro em Roraima reúne forças que atuam contra garimpo ilegal

Os órgãos governamentais que atuam no combate ao garimpo ilegal em terras yanomami passarão a se reunir em um Centro de Comando e Controle instalado nessa quinta-feira (9) em Boa Vista. O espaço funciona na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Roraima.Centro em Roraima reune forcas que atuam contra garimpo ilegal

Representantes da PF, Força Nacional de Segurança, do Ministério da Defesa, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vão usar o centro para planejar conjuntamente as ações da Operação Libertação.

A primeira fase da ação integrada, que começou nesta semana, tem como foco desarticular a logística que abastece o garimpo ilegal nas terras yanomami e proteger os indígenas.

A Operação Libertação continuará “até o restabelecimento da legalidade na Terra Indígena Yanomami”, informou nota divulgada pela PF.

Fonte: Agência Brasil

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Povo indígena Pataxó faz ato em Brasília por justiça e demarcação

Lideranças Pataxó do Extremo Sul da Bahia estão em Brasília por mais segurança. Os indígenas fizeram uma marcha na Esplanada dos Ministérios, nesta terça-feira (07), em direção ao Congresso Nacional para encontrar com parlamentares. Povo indigena Pataxo faz ato em Brasilia por justica e

Segundo o cacique do território Barra Velha, Naô Xohã Pataxó, o povo espera a demarcação do território, na região de Porto Seguro, há 20 anos. A liderança conta ainda que a situação tem gerado violência na região e já resultou na morte de quatro indígenas nos últimos meses. 

Entre as vítimas estão os jovens Samuel Divino e Nauí Jesus que foram mortos em janeiro. Neste caso, um soldado da Polícia Militar da Bahia, suspeito de envolvimento nos assassinatos, se entregou. O cacique Naô Xohã reclama por justiça.

As lideranças indígenas também se reuniram com o secretário Nacional de Justiça, Augusto Botelho, para pedir o envolvimento da Força Nacional e da Polícia Federal na segurança e nas investigações, segundo o cacique.

Em resposta aos casos de violência, o governo baiano criou uma Força Integrada para prevenir e reprimir crimes contra povos tradicionais, ocorridos em terras indígenas e quilombolas. O grupo atua com prioridade para a região do Extremo Sul da Bahia.

Ouça na Radioagência Nacional:

 

Fonte: Agência Brasil

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Ministério denuncia aparelhamento político na saúde indígena em RR

O secretário especial da saúde indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba, afirmou nesta terça-feira (7) que houve aparelhamento político no serviço público de assistência à saúde do povo Yanomami, em Roraima. Os indígenas da etnia vivem uma grave crise humanitária, afetados principalmente pelo garimpo ilegal que domina o território, gerando destruição ambiental, contaminação da água, propagação de doenças e violência. O quadro é histórico, mas foi agravado nos últimos quatro anos.Ministerio denuncia aparelhamento politico na saude indigena em RR

“O que a gente experimentou no Dsei [Distrito Especial de Saúde Indígena] Yanomami, nos últimos anos, foi um verdadeiro aparelhamento político, verdadeiras oligarquias políticas que detêm o poder aqui em Roraima”, denunciou Tapeba, em entrevista coletiva concedida em Boa Vista, onde participa de ações para lidar com a crise. Em todo o país, há 34 distritos de saúde indígenas, os Dsei, que são vinculados à Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).  

Segundo o secretário, uma auditoria realizada pelo próprio Ministério da Saúde no DSEI Yanomami identificou irregularidades em contratos da unidade.

“Já foi feita uma auditoria aqui no Dsei Yanomami. A AudiSUS, que é um departamento dentro do Ministério da Saúde, realizou uma auditoria. Essa auditoria apresentou um índice de irregularidades em uma série de contratos. Tivemos uma reunião ontem com o Tribunal de Contas da União e o TCU também planeja uma auditoria aqui no Dsei Yanomami”, observou.

Ligação com garimpo ilegal

Tapeba ainda citou investigações da Polícia Federal sobre o envolvimento de agentes políticos do estado ligados ao garimpo ilegal. Ele não quis revelar o nome dessas pessoas.  

“Muitos desses políticos que estão envolvidos no aparelhamento do DSEI têm relação direta com o garimpo também. Têm investigações em curso pela Polícia Federal, inclusive, que, no final, vamos ter um desfecho muito grande e tenho certeza que muita gente vai estar sendo, inclusive, presa”, disse.

No momento, o cargo de coordenação geral do Dsei Yanomami está vago. A promessa do secretário especial de saúde indígena é recompor a equipe de todos 34 distritos do país, incluindo o Yanomami. A ideia, nessa primeira fase, é que a própria Sesai faça o acompanhamento e monitoramento no distrito até que os atendimentos estejam normalizados.

Fonte: Agência Brasil

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Garimpeiros ilegais estão sendo retirados de Roraima, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (7), por meio do Twitter, que o governo não permitirá garimpo em terras indígenas. Na mensagem, Lula informou que está sendo realizado um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima.Garimpeiros ilegais estao sendo retirados de Roraima diz Lula

“Não vamos permitir garimpo ilegal em terras indígenas. Estamos em um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima. A situação que se encontram os Yanomami perto do garimpo é degradante. Precisamos apurar também a responsabilidade do que aconteceu”.

No post, o presidente ressaltou que há 840 pistas de voo clandestinas, das quais 75 são perto de terras Yanomami. “Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso, tem que ser responsabilizado”, disse Lula.

Segundo o presidente da República, o controle das terras indígenas será reestruturado com a participação de prefeitos e governadores. “Vamos tentar criar uma nova dinâmica, para ter os resultados que a sociedade brasileira deseja”, afirmou.

Presença destruidora

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (6), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, descreveu como destruidora a presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

“O que está sendo noticiado ainda está longe de mostrar a realidade ali, com essa presença tão forte de garimpeiros, com uma grande destruição no território. É muito garimpo, garimpo infinito, o território está todo tomado por garimpeiros, por destruição, por contaminação na água. Os yanomami não têm como beber água, não têm água limpa para beber”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

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Lula defende responsabilização em caso de violações contra povo Yanoma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira (7), por meio do Twitter, que o governo não permitirá garimpo em terras indígenas. Na mensagem, Lula informou que está sendo realizado um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima.Lula defende responsabilizacao em caso de violacoes contra povo Yanoma

“Não vamos permitir garimpo ilegal em terras indígenas. Estamos em um processo de retirada de garimpeiros ilegais em Roraima. A situação que se encontram os Yanomami perto do garimpo é degradante. Precisamos apurar também a responsabilidade do que aconteceu”.

No post, o presidente ressaltou que há 840 pistas de voo clandestinas, das quais 75 são perto de terras Yanomami. “Não é possível não enxergar isso. Quem permitiu isso, tem que ser responsabilizado”, disse Lula.

Segundo o presidente da República, o controle das terras indígenas será reestruturado com a participação de prefeitos e governadores. “Vamos tentar criar uma nova dinâmica, para ter os resultados que a sociedade brasileira deseja”, afirmou.

Presença destruidora

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (6), a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, descreveu como destruidora a presença do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

“O que está sendo noticiado ainda está longe de mostrar a realidade ali, com essa presença tão forte de garimpeiros, com uma grande destruição no território. É muito garimpo, garimpo infinito, o território está todo tomado por garimpeiros, por destruição, por contaminação na água. Os yanomami não têm como beber água, não têm água limpa para beber”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil

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AGU cria grupo para defender povos indígenas

A Advocacia-Geral da União (AGU) oficializou a criação de um grupo específico para atuar na defesa dos povos indígenas. A medida, que já havia sido anunciada pelo ministro da pasta, Jorge Messias, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (7).

De acordo com a Portaria Normativa nº84, da AGU, o Grupo Especial de Defesa dos Povos Indígenas terá, como finalidade, “articular e uniformizar estratégias jurídicas na atividade consultiva e judicial”.AGU cria grupo para defender povos indigenas

O grupo da AGU atuará principalmente nos casos relativos à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709 – que tramita no STF, determinando ao governo federal a adoção de medidas de contenção da pandemia em territórios indígenas – e na ação civil pública que tramita em Roraima, sobre a atividade de garimpagem na Terra Indígena Yanomami.

Prioridades

Em janeiro, o advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que a questão ambiental e as ações de proteção a povos originários, em especial indígenas, estão entre as prioridades da pasta. Na oportunidade, ele anunciou a criação de um setor voltado a atuar especificamente nesta área: a Procuradoria Nacional de Defesa do Clima e do Meio Ambiente, que terá à frente a procuradora Mariana Barbosa Cirne.

“Os indígenas foram abandonados à própria sorte por meio de um projeto claro de omissão [de serviços e cuidados que deveriam ser dirigido a eles]. Temos compromisso constitucional de amparar os povos indígenas, e nossa diretriz é muito clara com relação a isso”, disse o advogado-geral da União.

Na avaliação da procuradora Mariana Cirne, a gestão anterior [do governo federal] não era apenas omissa. “Era contra os povos indígenas”, disse. “Faremos, portanto, uma revisão disso, levando ações que envolvem essa pauta para revertermos essa lógica.”

Fonte: Agência Brasil